01 abril, 2006

Papo de homem

Experiências com carros são geralmente o terror das mulheres. Dirigi durante um tempo o carro do meu pai. Aquelas banheiras. Bem diferente daquele Golzinho da auto-escola bem mais fácil de fazer baliza. Enfim... o carro que eu dirigia já parou algumas vezes no meio da rua. Aprendi a me virar. O fato é que sempre que vou a um borracheiro, mecânico, auto-elétrico, acho que vou ser enganada. Fico de prontidão vendo o cara arrumar o carro, como se adiantasse alguma coisa. Penso que talvez sob pressão ele não apronte nenhuma gracinha. O mais engraçado é que quando o carro de uma mulher pára e levantamos o capô, junta vários homens para dar palite. Acho que é o radiador, diz um. "É.. quando enferruja, não tem mais jeito", diz outro. Aqueles comentários sem pé nem cabeça. Junta até motoboy pra dar palpite também. Vira uma baladinha. A última vez que meu carro esquentou, parei em um posto. Quando levantei o capô, foi aquela fumaceira. Logo veio o frentista dizer que o meu radiador estava sem aditivo. Papo vai, papo vem, colou um outro cara-nada-a-ver dizendo que era outra coisa. Aí os dois começaram a discutir para ver quem estava certo. Homem é mesmo muito engraçado. Não quer dar o braço a torcer. Quando o cara-nada-a-ver foi embora, o frentista começoua falar: "Não gosto quando as pessoas vem se metendo no meu trabalho, trabalhei X anos no posto Y, etc, etc". No final, acho que o carro está para os homens assim como a novela está para as mulheres.

Um comentário:

Dany disse...

e eu adoro ser noveleira...rs.